sexta-feira, 26 de junho de 2009

Vinicius através do tempo

Por Mauricio Sangama

Levando em consideração os vinte e nove anos da morte do multiartista Vinicius de Moraes e movimentos comerciais de viés mais filantrópico que lucrativos chamados sebos, verifiquei a necessidade de fazer um estudo mais aprofundado no que se pode entender de literatura que é consumida hoje em dia e o que pode ser considerado instrumentos de comunicação atemporais.
Fazendo uma pequena pesquisa a partir de um questionário simples foi visto que a relevância sine qua non das mais diversas obras relacionadas do artista, se tornaram mais que um lugar na estante e sim uma moeda de valor cultural para qualquer estabelecimento que disponibilize cultura e saber para os sedentos de obras antigas e valores em papel físico que não são tão mais valorizados pelos mais novos leitores de obras virtuais.

Foto: Mauricio Sangama

Apesar de passadas quase três décadas desde sua morte, inúmeros produtos como filmes, videografias, textos relidos e afins se misturam com suas obras antigas, gerando uma modernização para o público jovem e antenado que consome música e poesia em geral. O público que vai a busca das publicações em questão, não é apenas o contemporâneo do artista, pessoas acima de 60 anos, mas também leitores e curiosos que nasceram bem depois da morte do poeta, leitores de até 30 anos. Os materiais mais procurados pelos que frequentam os sebos vão de antologias poéticas até pequenas resenhas críticas do autor, rasgadas, mofadas e claro, usadas, condições mínimas necessárias para que estejam em um sebo.

Cheguei ao Lenorado da Vinci, conceituado sebo entre o grande número de iguais no centro da cidade do Rio de Janeiro, este já foi capa de revista, já mereceu notas em jornal e um sem número de matérias relacionadas. Conversando com um pouco com o dono do sebo, Silvio Guimarães Nascimento e descobri que livros e assuntos de décadas e até de séculos passados ainda são de interesse comum de muitos leitores jovens.

Importância de Vinicius de Moraes na cultura nacional

Silvio Guimarães Nascimento, proprietário do Leonardo daVinci
Foto: Mauricio Sangama

Em relação a Vinicius de Moraes ele declara:
“Vinicius tem total importância na história cultural brasileira, foi um homem que gerou conceito dentro das mais diversas artes, seja ela musical, literária e até teatral, além de navegar pelos mares políticos como diplomata.“Seus livros são do tipo que não ficam parados nas prateleiras; é muito complicado achar um livro agora para apresenta para você, existem encomendas de livros de mais de trinta anos de idade.” E conclui: “Gosto de suas obras porque refletem o sentimento e o amor, dificilmente lemos com tanta intensidade um autor brasileiro falar sobre amor nos dias modernos.”

O legado de Vinicius vai muito além de sua fama; suas obras e releituras, ultrapassou a linha do tempo e da razão e chegou ao século XXI com o fôlego de um jovem poeta. Se fizer uma pesquisa por grandes casas multimídias, o interessado poderá encontrar mais de 120 produtos relacionados ao artista que vão desde um simples CD de música, gravado de um LP de lançamento ano 1965, até álbuns completos, fornecendo DVDs, CDS e um livro. Sua família também sustenta uma pequena loja de antigas novidades em Ipanema, casualmente, na rua batizada com seu nome onde também se localiza o bucólico restaurante também com seu nome, onde, segundo reza a lenda, nasceu a música “Garota de Ipanema”.
Não há dúvidas, Vinícius vive!

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