segunda-feira, 22 de junho de 2009

Poeta, Moça e Violão

Por Fernanda Venâncio e Soraya Moreno
Foto: http:\\www.biscoitofino.com.br

CD relançado pela gravadora Biscoito Fino

Desde que gravaram o primeiro disco juntos, em 1969, até o último, dez anos depois, Vinicius de Moraes e Toquinho fizeram 96 músicas e gravaram 19 discos. No início de 1973, época em que Vinicius se considerava ‘‘o branco mais preto do Brasil’’ e afirmava ser Toquinho ‘‘o fenômeno mais impressionante como violonista que conheceu no Brasil depois de Baden Powell’’, a dupla vivia uma fase das mais criativas. Foi quando fizeram um show especial com enorme sucesso no Brasil e no exterior. Estreou no dia 27 de fevereiro no Teatro Castro Alves, em Salvador, e se chamou Poeta, Moça e Violão. Dividindo o palco com eles, a cantora Clara Nunes, a grande sambista brasileira que, como Toquinho e Vinicius, era empresariada por Benil Santos, idealizador de Poeta, Moça e Violão.

Em depoimento concedido ao blog "Banheira do Vinicius", o experiente baterista Mário Negrão nos conta com detalhes como era dividir o palco com o “Vina”, Clara Nunes e Toquinho nesta turnê incrível. E nos presenteia com uma cópia do manuscrito que o poeta lhe escreveu.

“Foi incrível trabalhar com o Vinicius, eu, muito jovem tive o privilégio de participar dessa turnê. O Vina, como era carinhosamente chamado pelos músicos, era muito natural conosco. Não existia essa de estrelismo. Ele não precisava disso. Ele já era o Vinicius de Moraes. Este manuscrito ele gentilmente me deu, em nome da nossa amizade em abril de 1973, num show que realizávamos em Porto Alegre", conta Negrão.


Manuscrito do poetinha para seu colega de palco, o baterista Mário Negrão

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